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AM: Banco de DNA identifica suspeito de crimes sexuais em série

Após fazer mais de 50 vítimas, estuprador em série é preso através de identificação de DNA

Herley Nascimento é o primeiro criminoso do Brasil a ter identificação como suspeito de cometer crimes sexuais em séries por meio de exames de DNA. Os dados identificaram vítimas no Amazonas, Rondônia e Mato Grosso

Considerado pela polícia como maníaco e de alta periculosidade, Herley Nascimento Santos, 35, fugitivo da Justiça amazonense e suspeito de ter praticado 23 casos de estupros em Manaus, é o primeiro criminoso no Brasil a ter a identificação como suspeito de ter cometido crimes sexuais em série pelo exame de DNA, com o auxílio do Banco Nacional de Perfis Genéticos, em Mato Grosso.

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Técnica e Científica (DPTC), Jefferson Mendes, o laboratório de DNA do Amazonas colaborou com oito perfis que foram enviados ao Banco Nacional de Perfis Genético e estes foram cruzados com os de Mato Grosso. “O resultado foi a identificação de um criminoso que estava agindo em vários Estados”, disse Mendes.

No laboratório de DNA do Amazonas, chegaram 16 amostras de materiais genéticos que foram coletados de vítimas de violência sexual atribuída a Herley. Destes, oito deram inclusão com o perfil de Herley e as demais não foram possível identificar o perfil, entretanto, não significa que não é dele a amostra.

Herley, que também usa o nome de Célio Roberto Rodrigues, atualmente está preso em Rondônia, onde é acusado de ter cometido quatros estupros. Enquanto esteve foragido em Mato Grosso, ele cometeu outros quatro estupros com o mesmo modus operandi. O primeiro foi em 2013 e outros três em 2015, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Entre as vítimas está uma criança de 11 anos.

A somatória dos crimes de estupros praticados pelo maníaco e confirmados por meio de provas científicas chega a 30, porém a polícia Amazonas, Rondônia e Mato Grosso trabalham com a possibilidade de ele ter cometido mais de 50 estupros.  De acordo com informações da polícia do Amazonas, Herley integrava uma quadrilha que fazia assaltos a estabelecimentos comerciais e residências. Ele tinha como costume, depois do assalto, estuprar uma vítima.

De acordo com a gerente de laboratório forense do DPTC  Daniela Koshikeme,   Herley apareceu para o laboratório de DNA em 2012.  Na época, ele era investigado por vários roubos. As vítimas têm idades variadas, as que chegaram ao laboratório tinham entre 11 a 45 anos de  idade.

Antes da fuga ele já respondia por estupros  de vulnerável, roubo, tentativa de roubo, porte ilegal de arma, homicídios  e tentativa de homicídio. Atualmente, ele tem quatro mandados de prisão preventiva expedida pela Justiça do Amazonas, um por roubo, dois por crime contra a vida e um por porte de arma.

Cruzamento do banco de DNA

Conforme a administradora estadual do Banco de Perfis Genéticos em Mato Grosso, perita criminal Ana Cristina Lepinsk Romio, o caso de Herley Nascimento  foi o primeiro registro de crime sexual serial solucionado pelo cruzamento de informações genéticas com outro Estado. Com a prisão de Herley, em setembro do ano passado em Rondônia, foi coletado material genético do preso.

A partir de então, o laboratório forense começou a separar, processar e comparar as amostras. Dois meses depois, as provas de que os crimes foram cometidos pelo mesmo autor começaram a ser confirmadas.

De acordo  Ana Cristina, o passo seguinte foi inserir o perfil do criminoso no Codis (sistema de indexação de DNA), e realizar as buscas no banco de dados nos estados que fazem parte da Rede Nacional de Banco de Perfis Genéticos, para localizar possíveis vestígios de outros crimes cometidos pelo suspeito, inclusive no Amazonas.

Dicas e orientações às mulheres vítimas de estupros:

  1. As vítimas de violência sexual podem colaborar com a identificação  do criminoso;

  2. Deve procurar os centros de apoio à violência, no hospital Dona Lindu e maternidade Moura Tapajós;

  3. A vítima não deve se lavar para que a prova do crime (esperma) não seja perdido;

  4. Deve juntar todo material possível que possam ajudar na coleta;

  5. Peças de roupas, que estava usando na hora do crime ou depois, podem conter material para ser coletado;

  6. A vítima deve procurar uma delegacia e fazer o Boletim de Ocorrência (BO);

  7. Ainda na delegacia, a vítima deve  solicitar uma requisição para realizar o exame de conjunção carnal no Instituto Médico (Legal);

  8. Em seguida pedir para ser encaminhada ao laboratório de DNA para a coleta de material que será utilizado para identificar o perfil do criminoso;

  9.  Por fim, nunca deixar de denunciar. O criminoso pode continuar livre e fazendo outras vítima.

 A Crítica

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